Perspectiva de uma abordagem panorâmica da Doença de Alzheimer

Indo além de rótulos médicos e tratamentos convencionais à um compreensão da psicossomática com ênfase na auto responsabilidade.

A doença de Alzheimer (D.A) não é sinônimo de demência, mas sim uma das muitas de suas causas. O termo deveria ser usado como diagnóstico após uma avaliação clínica completa feita por uma equipe multidisciplinar, incluindo também baterias neuropsicológicas. A D.A. é a forma mais comum de demência e é causada por degeneração dos neurônios de forma progressiva, afetando mais frequentemente indivíduos de meia idade e idosos.

Pela visão cartesiana, a etiologia é desconhecida, sendo abordado a genética, reações inflamatórias, estresses oxidativo. As pesquisas a respeito da fisiopatologia da D.A discorrem sobre os efeitos deletérios cerebral: principalmente presença de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares, pela alteração bioquímica da proteína “tau”, que ajuda a sustentar a estrutura do neurônio. A perda neuronal ocorre no hipocampo (relacionada com a memória), seguida das amigdalas (relacionada com as reações emocionais) e partes do córtex cerebral, e essa destruição em massa resulta em comprometimentos das funções cognitivas: memória, linguagem, labilidades emocionais, comprometimento do movimento corporal, reconhecimento de objetos e aprendizados.

A ênfase no tratamento convencional é principalmente na medicação alopática que é prescrito de acordo com a sintomatologia, para depressão, melhorar desempenho cognitivo, sedativos para comportamentos impulsivos e agressivos, etc. Por se tratar de um órgão complexo e com múltiplas funções, e visto que a deterioração cerebral traz inúmeras consequências, na reabilitação de uma pessoa com diagnóstico de D.A, é importante a presença de profissionais que abordem através do corpo, exercitar as funções cognitivas: fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicoterapeutas, musicoterapeutas, arteterapeutas.

Partindo de uma visão mais profunda do funcionamento do corpo humano, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) atribui como causas das doenças, os fatores internos como as emoções. As emoções são estímulos mentais que influenciam a vida afetiva, e se tornam causas de doenças quando forem duradouras ou muito intensas, alterando o fluxo energético harmônico dos órgãos. Para a MTC, corpo e mente formam um todo integrado e inseparável, logo as emoções podem não somente causar desarmonias, mas também serem causadas por esta. Cada emoção reflete uma energia mental particular que pertence ao órgão relacionado: raiva, que afeta o Fígado, euforia, que afeta o Coração, preocupação, que afeta o Baço, aflição e tristeza que afeta o Pulmão, medo que afeta o Rim. O domínio das emoções através do autoconhecimento pelo apoio psicoterapêutico, resgata nosso contato com nossa própria divindade e demonstra ser o caminho para uma vida saudável e mais equilibrada.

A partir da visão einsteiniana, reconheceu-se” novos “campos físicos e expandiu-se a compreensão da estrutura física humana e suas “novas” propriedades. Funcionamos a partir de frequências, e o sistema corporal material é apenas um dos diversos sistemas interativos que coexistem num equilíbrio dinâmico. Compreende uma das nossas faixas vibracionais: o corpo astral ou emocional que é a sede dos desejos sexuais, anseios, disposição de espirito, sentimentos, apetites e temores; e o corpo mental que é o veículo através do qual a personalidade se manifesta e expressa o intelecto concreto. Sendo assim, o corpo etéreo é um molde holográfico de energia que orienta o crescimento e o desenvolvimento do corpo físico e distorções no padrão normal de organização da energia sutil no molde etérico podem resultar em doenças. Vivemos numa fusão de inconsciente individual e inconsciente coletivo, que está intrincado de forma milenar, uma série de crenças limitantes, sentimentos de caráter do eu inferior e egoico, e imputs negativos. Resgatar nossa individuação e interiorização, através também de processo psicoterapêutico, nos faz entrar em contato com nossas sombras e cuidar dos nossos campos corporais sutis.

A alma humana encontra-se aprisionada por uma armadura ou couraça, constituída por uma série de máscaras que criamos para sustentar a falsa imagem que temos de nós mesmos. No decorrer da vida desenvolvemos camadas de defesa para nos protegermos dos choques de abandono, rejeição e exclusão que sentimos e essas camadas de defesa são desenvolvidas principalmente na infância, pois é nesse período que a psique está sendo estruturada e os choques são mais impactantes. Na D.A que termina fazendo com que se perca a razão é uma provocação para as pessoas de uma sociedade que coloca a razão acima de tudo. O quadro de sintomas dessa doença ocorre com mais frequência na segunda metade da vida, o que quer dizer à época do retorno e do recolhimento.

Quem não se lembra de nada e vive fora do tempo linear não pode mais assumir responsabilidade, e o falso controle que achávamos que tínhamos, já não existe mais. A agitação psicomotora, na tentativa de ser “controlada” a base de medicação alopática, demonstra o quanto essa pessoa se desviou do caminho do proposito da sua alma. A perda da memória significa também, liberta-se do passado, desistindo dos compromissos e obrigações e a depressão demonstra a consciência retroativa do próprio lar da alma.

A velhice quer dizer muitas vezes tornar-se infantil e através de D.A, esses comportamentos mais primitivos tornam-se mais evidentes. A tarefa propriamente dita, entretanto, é retornar a como ser criança. Podemos desenvolver doenças até como forma inconsciente de curar algo que através de nossas mascaras e mecanismos de defesas tentamos esconder. Não estou dizendo que o processo de autoconhecimento através de uma abordagem psicoterapêutica irá salvar as pessoas do que elas precisam, como forma de resgate, passar nas suas vidas. Mas que não precisamos aguardar perder totalmente nossas funções cerebrais e se submeter a tratamentos multidisciplinares, para cuidar da nossa criança.

As ferramentas como a aromaterapia (que trata de diversas formas nossos campos sutis, desde o físico ao emocional), a acupuntura (que restabelece o fluxo harmônico energético do corpo), a música e dança (que atuam principalmente nos centros de prazer cerebrais, e criam um estado meditativo, de encontro com nosso “eu” interior), a homeopatia (que cura pelo semelhante e não supressão dos sintomas que fazem o corpo se expressar); terapia floral (que aborda o cuidado terapêutico dos corpos sutis), a psicoterapia vibracional (que trabalha o ser humano além do campo mental, e alcança as outras frequências do campo magnético da pessoa), uso de chás fitoterápicos (que através da fitoenergética consegue abordar as emoções), o reiki (que energiza o corpo e o torna mais harmônico), as meditações (que contribuem para entrarmos em contato conosco, saindo da ilusão externa); não precisam ser instituídas quando a doença já alcançou o corpo material. A auto responsabilidade de cuidar da nossa criança ferida, das nossas sombras, do nosso eu inferior, comportamentos egóicos, projeções, faz com que além de resgatarmos relacionamentos mais saudáveis, ajudam a estarmos em contato com nossa alma e o propósito que ela se propôs a fazer em vida. E isso, através de uma vida saudável.

Escrito por:
Pauline Boukaira – Tarusha Veet

Referências Bibliográficas
Reabilitação Neurológica, Darcy A. Umphred. Editora Manole
Neurologia Básica. John Gilroy. Editora Revinter.
Guia da Clínica Mayo: Sobre o Mal de Alzheimer. Editora Anima.
Os Fundamentos da Medicina Chinesa. Giovanni Maciocia. Editora Roca
Medicina Vibracional. Richard Gerber. Editora Cultrix

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