Pompoar: saúde, poder e resistência!

É a revolução do feminino! Nunca antes se falou tanto sobre o empoderamento das mulheres. Pudera! Foram anos de luta pela desconstrução da estrutura patriarcal que nos rege e serão ainda muitos outros até que consigamos atingir a igualdade de direitos. Em 2018, comemorou-se, na Alemanha e na Inglaterra, cem anos da conquista do voto feminino. No Brasil, o sufrágio feminino veio apenas em 1932, pelas mãos masculinas do então presidente Getúlio Vargas. A luta e conquista pelo direito ao voto, historicamente tão recente, é um grande exemplo do “cale-se” amargo bebido pelo feminino durante séculos. Até pouquíssimo tempo, a existência feminina resumia-se à servidão ao masculino: cuidar do lar, servir aos desejos do homem e procriar.

A história nos mostra, no entanto, que nem sempre foi assim. No início do século XX, foi descoberta na Áustria uma pequena escultura de formas fartas e arredondadas. Sem expressão facial, a estatueta representava as formas do feminino: seios fartos, quadris largos e … uma vulva! Estima-se que a Vênus de Willendorf, como foi batizada – em referência à icônica deusa da mitologia latina – tenha sido produzida há cerca de 25.000 anos e a sua existência nos leva à compreensão de que houve um tempo em nossa história em que a humanidade se dedicou a louvar as mulheres.

Detentoras da capacidade de gerar e nutrir, as fêmeas eram uma referência do potencial fértil da natureza. A mudança se deu com o surgimento da ideia de propriedade privada: o corpo da mulher, sexualmente livre e potente, ameaçava a preservação de uma herança familiar pura. Como saber se o filho que essa mulher carrega é meu? A solução foi criar a noção de casamento, e com ela a de monogamia, e investir em mecanismos de aprisionamento do potencial criativo do feminino. Reparem, se fizermos o percurso da história ocidental, veremos que a violência simbólica à qual foi submetida a mulher gira sempre em torno da sua sexualidade. Mulheres donas de seus próprios corpos e desejos foram agredidas física, social e emocionalmente. Os arquétipos cristãos de Eva, Maria e Maria Madalena serviram como instrumento de referência para nos ensinar o que é ser uma mulher digna e o que não é.

Em pleno século XXI, descobrimos as forças de poder que nos subjugaram por longos anos, mas ainda nos falta curar as feridas que elas nos deixaram. Descobrimos o caminho político da luta, mas é preciso avançar no campo energético e físico. Nós, quanto seres vivos, somos formados por uma sobreposição de corpos que se apoiam no plano denso (existência material) e sutil (campo energético, emocional e psicológico). O corpo físico, aquele que é visível a nós, é produto da condensação energética de tudo aquilo que se manifesta no plano sutil. Assim, é possível verificar que as doenças que acometem com frequência as mulheres de nossa sociedade estão invariavelmente ligadas aos atos de opressão e repressão pelos quais a mulher foi submetida ao longo dos tempos.

Precisamos, portanto, lutar não somente pelos nossos direitos civis, políticos e sociais, mas principalmente pela autonomia de nossos corpos. Empoderar-se é um movimento cuja direção é de entro para fora. É necessário retomar o poder da nossa sexualidade e prazer a fim de que nossos corpos sejam novamente livres, criativos e plenos. A cura do feminino não será possível se ignorarmos os aspectos sutis de nossa existência.

O pompoarismo é um excelente caminho terapêutico para a restauração de nossa força feminina. Baseado na contração de músculos situados na área pélvica, o pompoar atua nos planos físico e energético, estimulando a circulação de energia na região do primeiro e do segundo chakras (centros de energia vital que atuam na canalização do fluxo energético). Tais exercícios são capazes de atuar em locais de nosso corpo que possuem o registro de traumas experienciados ao longo da lida e que se manifestam através da anorgasmia, da incontinência urinária e de tantas outras disfunções classificadas pela medicina ocidental como doenças.

O método desenvolvido na Casa de Lakshmi, pelos terapeutas Deva Kamalinii e Prem Gyandharma, associa os ensinamentos do Tantra Yoga aos princípios da Bioenergética de Alexander Lowen, propondo uma combinação extremamente eficaz na obtenção de resultados profundos e transformadores.

O pompoarismo é uma ferramenta de saúde e empoderamento do feminino. Pompoar é resistir!

Escrito por Isha Atiti (Helena Castro) – Terapeuta e Doula da Casa de Lakshmi.

Próximo curso POMPOARISMO – O Despertar Tântrico com a terapeuta Kamalinii será nos dias 1 e 2 de dezembro de 2018.

Para saber mais informações, acesse o link:

https://pompoarismo.casadelakshmi.com/

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